quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Manuscritos


A corroer-me por dentro. Uma vontade de voltar atrás, de abraçar-te, entregar-me a ti uma vez mais ou pelo menos pela última vez. Aquela conversa, ou sei lá como se pode chamar aquilo e, e por falar em ‘aquilo’, foi mesmo o fim? É assim que tudo vai terminar? Sem beijo de despedida, sem sexo de adeus, sem lágrimas e eu pedindo para você voltar atrás, para pensar melhor?
Sempre nos imaginei felizes e juntos em um lindo futuro, mas como num ‘puft’ mágico tudo se desfez frente a meus olhos e nem sequer me dei conta de que ‘aquilo’ havia sido realmente o fim! É assim que tudo vai acabar? Sem mentiras mal contadas para ficarmos jutos, sem nossas tardes de beijos, internet, sem rolar-mos no tapete, sem seus sorrisos de cócegas?
Você parecia um presente, você se tornará a razão da minha vida, era por você que levantava feliz a cinco da manhã, era por você que contava piadas bobas, era por você que eu mentia para os outros e para mim, que o suportava com ela, foi por você que vive todo esse tempo. E é assim que tudo vai acabar? Sem segurar na mão, sem olhar nos olhos, sem seu cheiro a atordoar-me, sem suas mãos ásperas e roçar pelo meu corpo, sem sua boca macia colada na minha, sem mim... Sem você?
É... E é assim que tudo vai acabar, ou melhor, e (parece) que foi assim que tudo acabou (...).


Wendiim, 29 de Dezembro de 2010.      

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